King Crimson encerra o Rock in Rio em grande estilo
Written by Rádio AcheiUSA on 7 de outubro de 2019

Por Luck Veloso – O King Crimson provavalmente foi a banda mais aguardada por quem queria ouvir, de fato, rock de qualidade no maior festival de música do planeta. O Rock in Rio, por conta do brilhante Zé Ricardo, escalou como um tiro certeiro, o grupo de rock progressivo mais influente de todos os tempos para fechar os trabalhos do Palco Sunset, que vem crescendo muito em termos de qualidade por meio de seus experimentos de junção.

A banda começou a se formar ainda no longínquo 1968, quando Robert Fripp e Michael Giles iniciaram um debate sobre a possível formação. A parceria foi breve e em 1969 começaram a chegar novos integrantes, que foram ajudando a definir a sonoridade diferenciada que o Crimson demonstraria ao mundo. O nome do grupo foi ideia do letrista, Peter Sinfield e quer dizer Príncipe dos Demônios, ou homem que ambiciona, que também seria conhecido como ´Belzebu´.

Após 50 anos, o Brasil consegue assistir a um show do King Crimson
É uma história longa e duradoura, que ajudou a colecionar seguidores fiéis ao redor do planeta. O Brasil pôde, finalmente, ver de perto o lendário grupo, que postou suas três imponentes baterias à frente do Palco Sunset, anunciando que algo apoteótico estava para acontecer. Os bateras
Pat Mastelotto, Jeremy Stacey e Gavin Harrison ocuparam seus devidos lugares e deram início ao transe coletivo em que se transformou a platéia do Sunset, àquela altura do festival, formada por um seleto porém atento grupo.

Setlist composto por apenas 7 músicas, menos é mais!
O setlist era composto por apenas 7 canções, comprovando a teoria do menos é mais. King Crimson não faz música para massas. É algo emocional, visceral, pensante. São composições feitas para se ouvir uma, duas, mil vezes até você ir tomando o corpo do que acha que ela é, o que nem sempre acontecerá de entender. Aliás, nem é preciso. Música não se ´entende´, ou seja, você precisa ser arrebatado por ela. E é isso que as composições do King Crimson fazem com quem se permite absorve-las.

Um show que ficará por muitos momentos, na história e na alma de quem lá esteve. Se você ainda não conhece ou não foi abduzido algumas horas pela genialidade de Robert Fripp, o único integrante remanescente da formação original, mas que ainda asssim, não se considera líder, mas sim, como um cara que coloca as coisas no ´modo de fazer´ King Crimson, pare o que está fazendo agora e comece a iniciação. Depois volte aqui para contar pra gente como foi.

Ao final do show, Fripp ainda deu mais uma demonstração de sua humildade, ao fazer, ele mesmo, a foto da banda, ainda ao palco, com a plateia no fundo. Ele não saiu naquela foto, mas eternizou para sempre, e como sempre, com o seu toque, o registro da apresentação histórica.
Setlist King Crimson no Rock in Rio – Palco Sunset:
1 – Drumsons;
2 – Neurotica;
3 – Red;
4 – Itcotck+Coda;
5 – Indiscipline;
6 – Epitaph;
7 – Schizoid.