Edu Lobo, um dos maiores talentos musicais do Brasil

Surgindo como uma destacada figura na geração de músicos que emergiu após o surgimento da Bossa Nova, Edu Lobo rapidamente se destacou na década de 1960. Ele fez parcerias notáveis com Vinicius de Moraes e conquistou prêmios em festivais. Durante esse período, ele também iniciou sua jornada como compositor de trilhas sonoras para teatro, demonstrando sua excelência nesse campo. Seu primeiro trabalho nesse âmbito foi “Arena Conta Zumbi” (1965), seguido por outras trilhas notáveis como a do espetáculo “O Grande Circo Místico” (1982) e até mesmo para o programa infantil “RÁ-TIM-BUM” (1991).

Suas canções “Arrastão” e “Ponteio” o projetaram tanto nacional quanto internacionalmente. “Arrastão” foi defendida por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (1965) e conquistou o prêmio de forma relativamente tranquila. Já “Ponteio”, defendida por Edu Lobo e Marília Medalha na III edição do mesmo festival, dois anos depois, teve uma competição mais acirrada com músicas como “Roda Viva” e as vibrantes criações tropicalistas “Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria“.

O artista manteve sua atuação prolífica na virada da década, inclusive gravando um álbum nos Estados Unidos intitulado “Sergio Mendes Presents Lobo“. Ele continuou a lançar regularmente músicas de alta qualidade. Em 1978, no álbum “Camaleão“, ele interpretou pela primeira vez a letra de “Trenzinho Caipira” de Villa-Lobos, com a letra de Ferreira Gullar.

Destacam-se suas colaborações com Chico Buarque, que foram as mais constantes em sua carreira, além do reconhecimento com o Prêmio Shell em 1994. Nesse período, ele lançou “Corrupião” pelo selo Velas. Contudo, todos esses feitos parecem modestos diante da genialidade de Edu Lobo, que celebrará seu 80º aniversário em 29 de agosto. Sem dúvida, ele é um dos nomes mais significativos no rol de artistas de nossa música. Viva Edu Lobo, essa manifestação impressionante de talento!