Douglas Felipe, que tocou com ícones da música nacional e internacional, faz carreira solo em Los Angeles
Written by Rádio AcheiUSA on 9 de setembro de 2021

Com um vasto acervo de canções autorais e ainda inéditas, Douglas Felipe lança seu quarto trabalho, o EP instrumental “Não tenho o hoje, vou esperar o amanhã?
O músico brasileiro Douglas Felipe lança seu quarto trabalho, o EP instrumental “Não tenho o hoje, vou esperar o amanhã?“. Após rodar o mundo acompanhando diversos artistas, o músico, que deu os primeiros passos na Escola de Samba Inconfidência Mineira, em Belo Horizonte, nos mostra seu trabalho solo.
Ao mudar-se para a Bahia, Douglas Felipe fez parte da Banda Olodum, que o fez circular por diversos países e também acompanhou os principais nomes da música nacional e internacional. Atualmente, vem se dedicando basicamente a propagar sua poesia, ao longo de quatro trabalhos lançados este ano, dando destaque a diversos ritmos, principalmente os brasileiros.
A questão filosófica que dá título ao seu último lançamento, o EP instrumental “Não tenho o hoje, vou esperar o amanhã?”, lançado no mês de agosto, nos canais de streaming, faz uma provocação sobre o tempo, entre o hoje e o “dia que talvez não chegue”. Nesse sentido, uma das faixas deste trabalho se destaca pela homenagem ao aniversário de morte da sua mãe, a Dona Irene, mesmo ela estando viva. “A faixa traz uma melodia suave que faz refletir sobre um momento único e íntimo ao som do teclado, do trompete e do solo de baixo”, descreve Douglas.
Esta é a quarta produção do músico, que estreou em fevereiro deste ano e já lançou dois álbuns – AFRO (com ritmos afro-brasileiros) e Soul da Pele (de gênero pop e swing dançante da música brasileira que contou com a produção de William Magalhães) e um EP, Diante da Seca (com ritmos nordestinos).
A pressa em lançar suas canções e melodias autorais se dá pelo vasto acervo de músicas que Douglas ainda reserva e que, preocupado em não saber o dia de amanhã, corre para levar ao mundo sua poesia, muitas delas recebidas em sonhos, como ele diz, e, sobretudo homenagear ainda em vida seus entes queridos. No recente trabalho, Dona Irene recebeu do filho duas melodias.

“Eu tenho muitas composições prontas, criadas há décadas, como a homenagem ao aniversário da morte da minha mãe, que escrevi em 1997, enquanto tomava banho. Meu pai, tios e avós também receberam meu carinho através da música nos trabalhos anteriores. Por isso não posso esperar o amanhã, porque talvez o amanhã não chegue, principalmente em tempos de Pandemia. Eu sei que o direito de todo cidadão vivo é a morte um dia, então por que esperar partir para prestar uma homenagem? E se eu for antes?”, provoca o músico.
O EP conta com músicas em ritmo de tango, duas delas gravadas na Argentina, entre outros gêneros brasileiros, como o baião, somados a uma pegada de jazz, 100% instrumental.
Ao lado de Douglas Felipe no teclado, participam os músicos Michael Pipoquinha no baixo, Felipe Alves na bateria, Marcus Suzano e Tião Lima na Percussão, Paulo Calazans ao piano. A produção quem assina é Paulo Calasans e arranjo de Roberto Amerise.
Saiba mais sobre Douglas Felipe:
O artista Integrou a banda Olodum entre 1993 e 1999 e com ela lançou cinco álbuns e rodou o mundo apresentando-se em mais de 80 países ao lado de bandas e músicos, dentre eles, Ziggy Marley, Inner Circle, Luke Dube, Big Mountain,: Sadao Watanabe , Carlos Toshiki , Björk, Isaac Hayes e Maxi Priest. E com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Sandra de Sá, Jorge Ben Jor, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Chico Science e Nação Zumbi. Como membro do Olodum, acompanhou a gravação do clipe “They don’t care about us”, na Bahia, lançado pelo rei do pop, Michael Jackson.
Em 1999, participou da turnê “Omelete Man”, como tecladista da banda do Carlinhos Brown. É parceiro do Carlinhos Brown, na canção “Vai Rolar”, incluída no disco “Bahia no Mundo – Mito e Verdade, de 2001, e sucesso na carreira do baiano.