Dorival Caymmi o baluarte imortal da música popular brasileira

Em agosto de 2008, portanto há quinze anos, nos deixava o grande baluarte da música, Dorival Caymmi (1914-2008), cujo legado transcende o tempo. Sua influência não apenas moldou nossa percepção da Bahia, mas também trouxe à tona a essência do cotidiano em toda sua complexidade.

Sua ligação com a música floresceu na infância, aprendendo violão com seu tio e desenvolvendo um estilo único. Além da música, demonstrou aptidão para a pintura desde jovem, enfatizando sua expressão artística.

O início de sua carreira musical ocorreu nas rádios baianas, mas sua mudança para o Rio de Janeiro em 1938 o projetou nacionalmente. Ele interagiu com músicos e artistas cariocas, deixando sua marca no cenário artístico. Em 1955, também teve envolvimento com a cena cultural de São Paulo.

Após décadas de carreira, retornou a Salvador nos anos 70, explorando o candomblé com sua esposa. Essa vivência enriqueceu suas composições, que sempre evocaram o mar e o vento.

Com mais de 20 discos gravados em seus 60 anos de carreira, suas canções costeiras, principalmente da década de 40, receberam diversas versões de outros artistas, tornando-se verdadeiras obras-primas. Caymmi, de forma única, nos conecta não apenas com as notas musicais, mas também com as emoções profundas dos pescadores.

Apesar das mudanças na interação com a arte nos tempos atuais, a mensagem de Dorival perdura, lembrando-nos da importância de estar presente e capturar os ciclos da vida ao cantar sobre o mar e o vento que o acompanharam.

Viva Caymmi!